sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Cáritas Regional Nordeste 3 promove encontro para debater a atuação dos jovens do/no semiárido

09 de outubro de 2015
"Nos sentimos fortalecidos neste encontro e reafirmamos a necessidade de encantar outros jovens, que, como nós, sonham por uma sociedade mais justa e solidária”.
Ocorreu nos dias 02, 03 e 04 de outubro, na cidade de Andaraí, Bahia, um encontro que reuniu jovens que atuam nas Cáritas Diocesanas do Regional Nordeste 3 (Bahia e Sergipe) localizadas no semiárido. O encontro teve o intuito de debater a realidade do semiárido e aprofundar o entendimento acerca da participação da juventude no contexto dessa região. Para a Rede Cáritas, a construção de um semiárido mais igualitário perpassa, fundamentalmente, pela perspectiva de encontrarmos novos caminhos para inserir os jovens nos espaços de debate e atuação, para que estes se sintam pertencentes aos processos que vem transformando o sertão.
Estiveram presentes no encontro, agentes das Cáritas Diocesanas de Ruy Barbosa, Amargosa e Irecê; da Cáritas Regional Nordeste 3, com representantes dos escritórios de Baixa Grande, Caetité e Salvador, além dos facilitadores Elói Barreto e Áurea Barreto, que conduziram os debates de uma forma provocativa e participativa.
Durante o evento, temas como economia solidária, política e democracia participativa, educação popular, gênero, questões afetivas e familiares foram debatidos na perspectiva de, sobretudo, fazer cada participante, não só ter uma compreensão maior acerca desses assuntos, mas retornar às suas regiões como multiplicadores/as e facilitadores/as, contribuindo para empoderar outros jovens do semiárido baiano e ampliar os espaços coletivos de protagonismo das juventudes. Foi também um momento de refletir a atuação da Cáritas no semiárido e perceber quais são as possibilidades e expectativas para as juventudes sertanejas a partir da atual compreensão desse lugar.

Um dos momentos mais marcantes do encontro foi a provocação feita por Elói Barreto, quando disse: “Nosso maior desafio é trazer a juventude do semiárido para o sentido do pertencimento. Que lugar é este que eu vivo? Onde eu estou inserido no contexto e na realidade desse semiárido? Qual a minha participação como jovem pela promoção de iniciativas que modifiquem a vida da minha comunidade e, por consequência, a minha? Trazer a juventude para estas reflexões e, fazê-los sair do comodismo e do bombardeio midiático que exclui estes jovens e tenta fazer deles meros reféns do capitalismo visceral, é o nosso desafio! Fazer a juventude valorizar nossa cultura, nossa riqueza de saberes, nossa natureza, nossa fauna e flora, fazê-los compreender e participar da mudança que o semiárido vem passando e, fazer as intervenções para torná-los protagonistas destas iniciativas. Não serão os valores do mercado nem a lógica do consumismo que irá nos impedir de abrir os olhos dos nossos jovens, pois, temos valores grandiosos que nos impulsionam e nos motivam, esse é nosso grande desafio, para que todos nós, possamos continuar a construir um semiárido com maior inclusão social, participação e cidadania”.
"Nos sentimos fortalecidos neste encontro e reafirmamos a necessidade de encantar outros jovens, que, como nós, sonham por uma sociedade mais justa e solidária”.
“Nos sentimos fortalecidos neste encontro e reafirmamos a necessidade de encantar outros jovens, que, como nós, sonham por uma sociedade mais justa e solidária”.
Amanda Silva, jovem e agente Cáritas, saiu ainda mais esperançosa do evento e compartilhou as suas impressões: “Nós, jovens Cáritas, que estamos neste movimento contra a lógica do capital, no processo de empoderamento político, convivência com o semiárido e incidência em políticas públicas, nos sentimos fortalecidos neste encontro e reafirmamos a necessidade de encantar outros jovens, que, como nós, sonham por uma sociedade mais justa e solidária”.
Por Gabriel Santiago (Cáritas Diocesana de Irecê) com contribuições de Amanda Silva e Josilene Passos (Cáritas Regional Nordeste 3)
Fotos: Gabriel Santiago

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A Cáritas Diocesana de Amargosa completará 50 anos em 2016

02 de outubro de 2015

diocese de amargosa
A Cáritas Diocesana de Amargosa completará, em 2016, 50 anos de atuação em prol da construção solidária de uma sociedade justa, igualitária e plural. Dentre as diversas ações desenvolvidas por esta Cáritas diocesana, destacam-se a execução de projetos sociais e de convivência com o semiárido, o apoio a grupos produtivos de economia popular solidária, a formação dos seus agentes e o trabalho de divulgação e de fortalecimento da missão solidária e evangelizadora da instituição.

Com o intuito de apresentar para os jovens o que é a Cáritas e seu papel na sociedade, além de explicar sobre o Projeto 10 Milhões de Estrelas e a ação do voluntariado, representantes da Cáritas Diocesana de Amargosa aproveitaram o momento do Encontro de Jovens com Cristo que acontece todos os sábados no espaço do CTL (Centro de Treinamento de Líderes) da Diocese de Amargosa. Para Eujácio Meireles, agente Cáritas, “é preciso comprometer nosso povo e a juventude é o ponto de início desta missão”.

Peregrinação
Peregrinação
 Outro momento importante foi a participação dos colaboradores e voluntários da Cáritas Diocesana de Amargosa na peregrinação em celebração ao encerramento do mês da Bíblia realizada no dia 27 de setembro. Uma multidão formada por pessoas de diferentes paróquias da região marcou presença no ato e caminhou por 9km até o município de Amargosa em uma demonstração de fé e esperança.

A Cáritas Diocesana de Amargosa ao longo da sua história tem buscado colocar em prática o que disse o Papa Francisco: “A Cáritas é a carícia da Igreja ao seu povo, o carinho da Mãe Igreja aos seus filhos, a ternura e a proximidade”.

Por Assessoria de Comunicação da Cáritas Regional NE3


Foto: Cáritas Diocesana de Amargosa

Rio São Francisco: sua importância cultural, econômica e social estão sob ameaça

04 de outubro de 2015
Defesa do Rio São Francisco
Nesta data, 04 de outubro, em que se celebra o dia do Rio São Francisco é necessário e urgente refletir sobre a relação do rio com o conjunto de bacias hidrográficas que contribuem para a sua grandeza cultural, econômica e social.
O “Velho Chico” é um dos mais importantes rios do Brasil. Da sua nascente, em Minas Gerais, até o encontro com o mar, ele passa compondo a paisagem de diversas regiões dos estados da Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Sergipe e Alagoas, serpenteando por mais de 500 municípios e comunidades e beneficiando 14,2 milhões de pessoas. Daí a sua denominação de rio da integração nacional. (fonte: Agência Nacional de Águas)
Seu percurso de quase 3.000 km é um caminho revelador de histórias, pelejas, causos, amores e das religiosidades dos povos ribeirinhos. Um rio de importância econômica, social e cultural para diversas comunidades, dentre elas indígenas e quilombolas. Suas águas maltratadas pelo intenso processo de degradação, onde esgotos desaguam em seu leito, o desmatamento constante de suas matas ciliares, provocando o assoreamento, são expressões concretas do abuso indiscriminado sofrido pelo rio. Esse é o reflexo da maneira como o estado brasileiro administra seus recursos naturais, na contramão do discurso que o rio São Francisco é considerado um dos principais fatores de desenvolvimento da região nordeste, devido a sua importância para a agricultura e o aproveitamento da sua força para a geração de energia.
Muitas são as narrativas em torno das águas do velho Chico: a mãe d’água, o mergulhão, o cumpade d’água e o negro d’água são alguns seres imaginários que moram nas profundezas de suas águas e que costumam aparecer para pescadores. Daí a sua importância para a cultura popular. As narrativas repassadas por gerações de barqueiros, pescadores/as e ribeirinhos/as; as cantigas e rezas nas procissões das romarias da terra e das águas, por homens e mulheres carregados de simbolismos, fazem dessas iniciativas expressões de resistência e fé, percorrendo caminhos em meio à vegetação que cresce no lugar onde já foi o seu leito, para oferecer-lhe um gole d’água. Se o rio morre, morre com ele a cultura de um povo.
O velho Chico é também núcleos de memórias. Em cada trecho, várias histórias de vida. Na contramão da velocidade do que já foi a sua correnteza e pela abundância de suas águas e profundidade de seu leito, hoje algumas embarcações estão fixadas nas areias de suas margens. Ali se ancora também lembranças e memórias de tempo de farturas de peixes e da vida movimentada no cais.
Diversas frentes de resistências formadas por grupos populares, movimentos, pescadores, indígenas, pastorais e coletivos da sociedade civil organizada nega a eficiência do projeto com suas estruturas hídricas, implantadas em alguns trechos, fundadas em um discurso do estado brasileiro pelo abastecimento de água às regiões com escassez hídrica, denominado “Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional”. Segundo informações obtidas pelo site portal Brasil, até o mês de julho de 2015, foi investido pelo governo brasileiro R$ 6,8 bilhões do valor total de R$ 8,2 bilhões, considerada a maior obra de infraestrutura hídrica do País. (fonte:Portal Brasil)
Canal do sertão em Deomiro Golveia
Canal do sertão em Delmiro Golveia
Da poética entre as memórias e a atual situação do rio, não pode deixar de falar das situações de tantos outros rios que o alimentam, dando-lhe água de beber. Considerado como uma caixa d’agua, o cerrado baiano compõe as importantes Bacias hidrográficas do Rio Grande e Bacia do Rio Corrente  que são ameaçadas diariamente pela monocultura e desmatamento do cerrado, como plano de “desenvolvimento” adotado pelo estado brasileiro, desde os anos 70. (fonte: Inema)

http://ne3.caritas.org.br/wp-content/uploads/2015/09/
Bom Jesus da Lapa/BA
Do significado inicial “rio-mar” dado pela população indígena, talvez, na atualidade, essa alcunha não corresponda mais, pois, para navegá-lo encontram-se enormes dificuldades por ter se tornado estreito e assoreado. As suas vazantes já não são tão produtivas o que diminui a produção de alimentos para sua população ribeirinha.
Diante do processo cumulativo de degradação que vive o rio e suas bacias hidrográficas, a revitalização só se dará se as populações ribeirinhas de forma organizada e mobilizada forem efetivamente protagonistas para a mudança desta realidade.
Por Allan Lustosa
Fotos: Allan Lustosa e Kau Dourado

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

RESULTADO DO PROCESSO SELETIVO/ENTREVISTA/PROVA ESCRITA CONFORME EDITAL Nº001/2015 DA CÁRITAS DIOCESANA DE AMARGOSA-BAHIA



O CANDIDATO CLASSIFICADO EM PRIMEIRO LUGAR DEVERÁ COMPARECER NO ESCRITÓRIO DA CDAM PARA O PROCESSO DE CONTRATAÇÃO MUNIDO DOS SEGUINTES DOCUMENTOS:

DOCUMENTOS:

1 COPIA
RG ( FRENTE E VERSO )
1 COPIA
CPF ( FRENTE )
1 COPIA
RESERVISTA
1 COPIA
TÍTULO ELEITORAL
1 COPIA
COMPROVANTE RESIDENCIAL ( ATUALIZADO )
1 COPIA
FOTOS  3 x 4
1 COPIA
CARTEIRA DE TRABALHO ( FRENTE E VERSO )
1 COPIA
ANTECEDENTE CRIMINAL ( SAC )
1 COPIA
SITUAÇÃO REGULAR DO CPF ( RECEITA FEDERAL)
1 COPIA
CERTIDÃO CASAMENTO
1 COPIA
CERTIDÃO NASCIMENTO ( ATÉ 14 ANOS )
1 COPIA
CARTÃO DE VASCINA ( ATÉ 7 ANOS )
1 COPIA
COMPROVANTE DE MATRÍCULA ( ANO ATUAL )
1 COPIA
CARTÃO CIDADÃO ( PIS )
1 COPIA
CONSULTAR Nº DO PIS ATIVO
1 COPIA
CARTÃO DO SUS
1 COPIA
NUMERO DA CONTA - BANCO DO BRASIL
1 COPIA
ENVELOPE ( PARA GUARDAR OS DOCUMENTOS )


CLASSIFICAÇÃO:

COLOCAÇÃO
NOME DO CANDITATO
 1º LUGAR
ERIEL SANTANA MOTA
 2º LUGAR
ROSIMEIRE SANTOS SOUZA
 3º LUGAR
MARIA APARECIDA MOURA DOS SANTOS


DATA: 05/10/2015
HORÁRIO: 10:00 H
LOCAL: SEDE DA CÁRITAS DIOCESANA DE AMARGOSA
ENDEREÇO: AVENIDA LOMANTO JÚNIOR N° 11, CENTRO, AMARGOSA.


Amargosa, Bahia, 01 de Outubro de 2015.

Raimundo de Jesus Santos

Presidente