terça-feira, 26 de novembro de 2013

Rede de solidariedade faz chegar mais cisternas no sertão baiano

26 de novembro de 2013
 













O sentimento foi de alegria e agradecimento entre as 110 pessoas no ato de inauguração de 32 cisternas nas comunidades de Queimadas e Caldeirão em Ipirá e Rafael Jambeiro, respectivamente, neste final de semana (22), com representantes da APCEF – Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal/BA, Cáritas Regional Nordeste 3, Comitê Betinho e Sindicatos dos Trabalhares e Trabalhadoras Rurais dos municípios envolvidos.
Destacou  com emoção  Moacir Carneiro, presidente da APCEF – Associação dos Empregados da Caixa Econômica Federal  e representante da FENAE – Federação Nacional dos Empregados da CEF, contribuintes para a construção das cisternas para que os sertanejos possam viver com menores impactos provocados pela seca. Sempre acreditamos no espírito de cidadania e solidariedade dos colegas. Nossa campanha visava obter recursos para 20 cisternas, mas conseguimos para 32, comemorou Moacir.
São diversas iniciativas e empenho de pessoas, a exemplo da escola Nossa senhora da Luz, em Salvador, que promove ações com alunos e pais, e em visita à diocese de Amargosa, dias antes desse vento, interage com a cultura e com outras verdades na região do semiárido, possibilitando, através de campanha de mobilização de recursos para que pessoas não fiquem sem o direito à água, afirma padre Neivaldo, diretor da Cáritas Diocesana de Amargosa
Instrumento que liberta as pessoas do carro pipa para a conquista de cidadania”, o vereador Arnor destaca a importância dessa tecnologia no dia a dia das pessoas que convive no semiárido brasileiro. Fortalecendo essa rede de solidariedade, o presidente do STR de Ipirá, Bernardino Ferreira, se preocupa com situações de insegurança hídrica, mas se sente fortalecido e otimista pelo trabalho coletivo firmado entre as organizações e as famílias.
Jose Roberto  Barboza, representante do Comitê Betinho provoca a assembleia perguntando quem dessas comunidades foi morar em outros lugares por questões sociais e climáticas. A plateia se manifesta afirmando que suas famílias são marcadas pelo fenômeno da migração para diversas regiões do país, principalmente para o sudeste do Brasil, em busca de outras condições de vida., Zé Roberto afirmou que as ações do Comitê, como a parceria com a FENAE e APCEF  visam retribuir a contribuição dos sertanejos para o progresso de São Paulo.
O representante da Cáritas Regional Nordeste 3, Agnaldo Rocha trás a importância da ação entre organizações e as pessoas das comunidades envolvidas e reivindica o fortalecimento da rede de solidariedade em prol da convivência no semiárido. “É importante o envolvimento das famílias na ação para o processo de uma cidadania ativa, o valor de participar dos processos de formação, dos intercâmbios, etc.” afirma o agente Cáritas.
Esse modo de trabalhar é destacado também pelos animadores de projetos Ismael Azevedo e Rogério de Souza, pessoas importantes na concretização dos sonhos de diversas famílias de ter ao lado de suas casas a cisterna, instrumento que revoluciona. Por meio dela, a Cáritas, sindicatos e organizações, através de seus agentes promovem um pensamento crítico das diversas circunstâncias e estado de coisas, refletindo sobre relação de gênero, meio ambiente, cuidado e preservação das cisternas, gestão da água, direitos e deveres, agroecologia, etc. Isso é fundamental, pois tornam visíveis e significativas, percebendo como essas construções tornam-se culturais, suas narrativas produzem efeitos, e as tornam em imagens concretas de solidariedade, além das relações que se conectam em experiências absolutamente humanas.
O dia já se encontrava com a noite, o encanto do por do sol no sertão testemunhava o contentamento das pessoas e inspiradas na leitura do evangelho Lucas 6 – 12 a 16, cada pessoa que ali se encontrava, levam e anuncia o bem, colocam suas vidas a serviço da vida e ao modo baiano de viver, continua em celebração…
por Allan Lusttosa, da Cáritas Brasileira Regional Nordeste 3

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