quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Retalhos de Vidas!

Jucilene da Costa Cerqueira
Jucilene Costa é casada e tem duas filhas, o marido esta morando em outra cidade a trabalhando. Ela conta que antes de ter a cisterna buscavam água longe, em uma represa da comunidade e ao lado da mesma existia muito capim, atrativo para muitos animais inclusive porcos, que tomam banho e bebem da mesma, remexendo toda a água, era preciso ir bem cedinho para conseguir água limpa. Ela dava aquela água para as crianças ficando todas com diarréia, quando podia comprava água mineral para as crianças, mas nem sempre tinha dinheiro para tal. Para Jucilene as cisternas chegaram na hora certa, ela participou das reuniões e curso e a família dela ajudou na escavação e na construção: - Eu mesmo no meu caso com essas duas crianças pequenas sofri bastante pra cavar essa cisterna, meu pai, irmão, meu tio me ajudou, deu digitoro conseguiu cavar. Graças a Deus que a cisterna ta lá não tem muita água, não ta cheia, mas tem bastante água, graças a Deus as crianças depois que choveu nunca mais teve diarréia, tão tudo bem e ai uma riqueza pra agente.
Ela se lembra muito bem das palavras de Dom João no dia 09 de Outubro na celebração e Confraternização em Amargosa: - Como lá em Amargosa o Bispo falando que “pra muita gente essas cisternas não significam nada, mas pra outros é uma riqueza ter uma cisterna no pé da casa”. Qualquer hora que você querer pegar água você sair fora e pega sua água sossegado. E agora depois que tem essa água pra beber cozinhar e escovar os dentes ta tudo bem Graças a Deus.
Agora com a cisterna Jucilene vive uma nova realidade, esta feliz, pois enquanto tiver água na cisterna não vai mais precisar comprar água mineral e suas filhas não terão mais problemas de saúde por conta da água contaminada.

 
Célia Santos
Na comunidade Petim, município de Castro Alves mora dona Célia Santos, 56 anos. Ela conta que sempre morou em Salvador e há 06 anos esta morando na comunidade Petim, depois que o esposo se aposentou. Conta também que o sonho deles era morar em um local onde pudesse ter paz e ali estão em paz. Hoje o que atrapalha a vida deles é a falta da água, algo que os fez pensar em vender o terreno onde mora, mas agora tudo esta mudando com a chegada da cisterna: - Eu estou muito feliz e satisfeita com esse sistema da cisterna, eu não tenho com que agradecer a Cáritas por essa benção, que isso aí eu chamo benção de Deus porque água é vida e nos precisamos de água, há qual o ano passado 2010 eu chorei e agora choro também emocionada porque eu chorava antes porque não tinha água e agora me beneficiaram com essa cisterna, eu estou muito feliz, eu não tenho com que agradecer não. Pra mim foi é bênção demais. E assim como é pra mim eu espero também que seja pra os outros que têm muitos ainda necessitados.
Com lagrimas nos olhos Dona Célia agradece a cisterna que recebeu e não se contem de alegria ao falar do telhado da casa que recebeu reforma, pois o mesmo era impróprio para a capitação de água para o consumo: - Recebi a reforma de telhado, o meu telhado era velho, era muito sujo também de lagartixa, era uma água que eu não podia nem usar pra lavar nada porque era uma água cheia de imundice e ai também vocês me beneficiaram com a metade deste telhado.
Quando pergunto a ela se a comunidade mudou depois da chegada da cisterna, ela afirma que sim e que tem é valorizado a todos: - Na minha comunidade já mudou tudo aqui, isso aqui já mudou demais, ate a nossa terra valorizou, esta valorizada hoje, eu não tenho com que agradecer não, estou muito feliz mesmo. Pela política agente não existia, então a Cáritas veio mesmo pra fazer a diferença.

 Antonia Souza Pires
Antonia Souza reside com as duas filhas na comunidade Canabrava, município de Elísio Medrado/ BA onde ela realiza os trabalhos de agente comunitária de saúde. Ela é uma das 120 famílias beneficiadas com cisternas de consumo naquele município, ela conta que a comunidade já sofreu muito com a falta de água potável, a situação era tão grave que já aconteceu de em suas visitas nas casas das famílias pedir água pra beber e a pessoa dizer que não tinha água potável: - Era a maior dificuldade antes das cisternas. E quando eu ouvir falar deste programa eu fiquei assim radiante e feliz porque teve visitas que eu já cheguei já pedir água pra beber e disse: ”olha Tonha eu não tenho vergonha de te dizer que eu não tenho água potável pra beber”. E isso me comovia, me deixava muito triste, até mesmo porque eu queria o melhor para minha comunidade e o problema de falta d’água era tremendo...  Ela fala também do seu papel como agente comunitária de saúde que sempre esteve lutando pela diminuição do índice de verminoses: - O índice de verminose na minha comunidade era assim altíssimo e agente lidava de uma forma ou de outra pra ver se agente conseguia baixar esse índice, mas a saúde sem higiene sem uma água limpa é difícil de conseguir um objetivo melhor.
Para Antonia a implantação do projeto na comunidade só veio pra somar, ou seja, a iniciativa da Cáritas em parceria com a SEDES ( Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate a pobreza) veio pra contribuir com a melhoria de vida da comunidade: - E depois que veio as cisternas graças a Deus eu encontro as famílias rindo feliz da vida, as cisternas derramando e eu podendo participar da alegria bebendo dessa água potável. Ela também parabeniza a Cáritas pelas capacitações realizadas, nas quais ela diz que aprendeu bastante e que a Cáritas não tinha só o objetivo de construir as cisternas, mas ensinar a como lidar com a mesma e cuidar da água.

 
Djanira
         Dona Djanira mora na comunidade Salgado, município de Santa Inez, ela é uma das 1.140 famílias felizes com a cisterna que recebera pela Cáritas de Amargosa em parceria com o governo do estado. Dona Djanira sempre morou na cidade, mas a um ano e meio foi morar no campo. Quando pergunto a ela o motivo que a levou a morar a sair da cidade, ela logo fala da satisfação da vida que leva no campo mesmo passando dificuldades com água: - eu gosto de terra, eu gosto de amanhecer o dia e como eu faço todos os dias abro a porta da minha cozinha e agradeço a Deus, olho pra o céu...e eu agradeço a Deus por eu esta no ar livre uma coisa que eu pedir muito a ele e ele me deu e eu to satisfeita porque estou aqui, mesmo com dificuldade de água.
         A água que dona Djanira usa vem da casa de uma vizinha que tem água encanada e quando ela soube do projeto logo buscou informações de como obter a sua cisterna. Emocionada ela fala do dia em que o animador foi a casa dela pra marcar o local da escavação e que sempre esteve confiante desde o momento em que soube qual era a entidade que estava executando o projeto: - Até hoje eu fico emocionada porque se você quer uma coisa, você luta por aquilo...Cal (comissão municipal) mesmo viu no dia que o menino (animador) veio aqui pra medir a escavação, pra me dizer que eu ia ganhar a minha cisterna como foi que eu fiquei aqui, eu chorei igual uma criança, até hoje eu choro de felicidade. Ela não se cansa de agradecer a Jesus por mais uma benção que recebeu, que foi a cisterna.
         Dona Djanira não se contem de felicidade só de imaginar quando a sua cisternas estiver cheia de água. Ela já fala em soltar foguetes para comemorar essa benção recebida: - Isso aí eu tenho certeza que não vai demorar eu ver minha cisterna com água, eu tirar água da minha cisterna e dizer assim obrigada Jesus a água foi tu que mandou pra mim, a cisterna também é vocês que tão me dando mas primeiro foi ele, porque ninguém faz nada sem a autorização dele.

Cáritas de Amargosa realiza confraternização com beneficiários do Projeto Cisternas