quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Manifestação em Petrolina junta mais de 15 pessoas

Por Raimundo Mascarenhas
 Cerca de 15 mil pessoas, segundo estimativa da policia militar de Pernambuco, participaram hoje de uma grande mobilização na cidade de Petrolina neste momento, mas a manifestação teve inicio por volta das 09h30 horário de Brasília na vizinha cidade de Juazeiro – BA. O ato foi mobilizado pela Articulação do Semi Árido (ASA)  para dizer não a decisão governo federal que não tem pretensão de renovar o Programa de construção de cisternas e iniciou a distribuição de cisternas fabricadas a base de PVC.
A grande quantidade de pessoas debaixo de sol forte saiu da Orla Nova na cidade de Juazeiro por volta das 10h horário de Brasília e portando faixas, cartazes, apitos e carros de som “invadiram” toda extensão da Ponte Presidente Dutra que liga as duas cidades. A grande multidão não teve pressa para deixar a ponte e acabou provocando grande congestionamento nos dois sentidos.
“ Essa manifestação não combina com esse povo, parece que estamos protestando como no passado com os governos Collor e FHC, saber que essa nossa luta é para mudar a idéia de Dilma eleita pelo partido que defendemos durante todo tempo, não da para entender.Nós lutamos pela política para a convivência com o semi árido tivemos uma grade conquista com a implantação do Programa 1 milhão de Cisternas que mudou a realidade do semi árido  com água para o povo e geração de emprego e renda, der repente vem essa proposta de suspender a parceria de passar a distribuir cisternas plásticas (PVC), fato que fere a honra do agricultor e das famílias que sofreram ao longo dos anos” . Esse foi o desabafo do jovem produtor rural Luiz Cláudio da cidade de Itapipoca no Ceará.
O ato foi motivado pela declaração do Ministério de Desenvolvimento Agrário – MDS de que o aditivo já anunciado e publicado no Diário Oficial da União, para continuidade dos programas da ASA (P1MC e P1+2), não será concretizado, sob a argumentação de que o Governo está revendo seus arranjos para o Plano Brasil sem Miséria.
A cidade de Petrolina foi escolhida para sediar o evento devido tanto à localização geográfica, que permite concentrar um grande número de pessoas de outros estados do Semiárido, como pela história de luta de diversas organizações da região.
Enquanto a Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) reivindica os recursos previstos para a continuidade de suas ações, o governo federal vai investir R$ 1,5 bilhão na instalação de 300 mil cisternas de plástico. O valor gasto pelo governo corresponde a mais que o dobro do que a ASA gastou para construir 371 mil cisternas de placas no Semiárido.
Cada cisterna de plástico custa aos cofres públicos R$ 5 mil, segundo informou o Ministério da Integração Nacional numa reunião com representantes da ASA, em Brasília.  A cisterna de placa custa R$ 2.080,00. No Programa Água para Todos, além das 300 mil cisternas de plásticos, serão construídas 450 mil de placa.
Aqui os manifestantes já planejam ir a Brasília, pois o movimento ganhou muita motivação, já que, em menos de oito dias para articular essa gente e que estava sendo aguardado a presença de  10 mil compareceram mais de 15 mil pessoas.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Campanha contra cisternas de plástico ganha força no Semiárido

  A campanha “Cisternas de Plástico/PVC – Somos Contra!” está ganhando cada vez mais força e capilaridade no Semiárido brasileiro. A discussão sobre as cisternas de plástico se irradia através das comissões municipais, formadas por, no mínimo, três organizações da sociedade civil em cada um dos 1.076 municípios que a ASA atua. O assunto também ocupa espaço privilegiado nas reuniões das organizações gestoras dos programas executados pela rede.

   Na Bahia, por exemplo, “as comissões municipais e microrregional de água avaliam que é importante estarem inseridas nesse debate, mobilizando e travando ações contra a implantação dessas cisternas. É papel da comissão levantar questões, discutir e gerar ações que impeçam a continuidade dessa proposta”, destaca um texto produzido pela organização MOC, que atua na região sisaleira do Semiárido baiano.


   Em Pernambuco, a ASA Estadual decidiu pela realização de um ato público, no dia 25 de janeiro, em Petrolina. Já no Ceará, foram produzidos dois spots sobre a campanha para divulgar nas rádios das zonas rurais para informação e mobilização das famílias agricultoras. Em Sergipe, está sendo realizado um abaixo- assinado para ser encaminhado para o poder público e foi divulgada uma carta de repúdio às cisternas de plástico.

  Em nível nacional, a ASA lançou uma estratégia de divulgação da campanha nas redes sociais.  Quase cem pessoas já curtiram a campanha no Facebook e dezenas de pessoas compartilharam e deixaram comentários na página. No dia 15 de dezembro a Articulação realiza o dia de mobilização nas rádios contra as cisternas de plástico. A ideia é que cada organização ocupe pelo menos uma rádio na sua região para falar sobre a campanha.

  Durante o encontro com as novas organizações que vão executar os programas da ASA, que terminou hoje (7), em Moreno –PE, foram distribuídos CDs com spots da campanha para que as organizações possam iniciar a articulação nas rádios. 

  A instalação das cisternas de plástico no Semiárido representa para a ASA um enorme retrocesso de uma importante conquista das famílias agricultoras nos últimos 11 anos: o direito à água de qualidade. Em um pouco mais de uma década, as ações da ASA em parceria com a iniciativa privada, governo federal e organizações da cooperação internacional, foram responsáveis pela construção de mais de 500 mil cisternas de 16 mil litros.

  As cisternas de plástico custam o dobro das de placa e, por chegarem prontas para as famílias, não movimentam a economia local como as de placa, cujos materiais são adquiridos na região e são empregadas pessoas das comunidades capacitadas para a construção da tecnologia.

   “A cada mil cisternas construídas, são injetadas R$ 20 milhões no mercado local”, salienta panfleto de divulgação da campanha. As cisternas de PVC, por sua vez, serão fabricadas e transportadas por empresas. Sem falar na menor durabilidade do plástico e possibilidades de causarem riscos à saúde das famílias que vão consumir a água.


Verônica Pragana - Asacom 07/12/2011

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A Cáritas reúne comissões para avaliar a execução do projeto

Tem sido um esforço da equipe da Cáritas de Amargosa reunir as comissões executivas municipais para avaliação da execução do Projeto Cisternas. As comissões foram responsáveis pela indicação das comunidades a serem contempladas e acompanharam todo o processo de mobilização, capacitação das famílias e construção das cisternas. Membros destas comissões têm participado de encontros estaduais (Encontros para Comissões Municipais e de Acesso a Água de Beber e Produzir), nacional (II Encontro Nacional de Agricultoras(es) Experimentadoras(es) do Semiárido), todos realizados pela ASA (Articulação no Semi-Árido Brasileiro). Estas atividades têm possibilitado às comissões a troca de experiência com pessoas de outras entidades, isso fortalece a ação dos mesmos no dia a dia em seus municípios.
Na fala de Cosme Santana (membro da comissão municipal de Amargosa) podemos entender o quanto é importante a ação da Cáritas com a construção de cisternas: “então agente ver aí em cada município 120 cisternas de consumo sendo construída, exatamente nas mãos das famílias que necessitam, choravam por uma gota de água e que hoje agente ver chorar de alegria...isso é muito gratificante. Agente tem participado através do projeto de outras conferências... Fomos participar do congresso estadual da comissão municipal e de lá agente volta com mais conhecimento, volta com o olhar ainda mais amplo do que já tinha, disso não tenho dúvida que vale os esforços da gente”.
 Estas reuniões também tem sido oportuna para avaliar as ações da Cáritas de Amargosa, como também para o planejamento da confraternização de todos os beneficiários no dia 09 de outubro deste ano, na cidade de Amargosa/BA. A Cáritas pretende reunir beneficiários, comissões, sociedade civil, diretoria, representantes do puder publico, para celebrar a conquista das cisternas para a microrregião e o impacto deste projeto nas comunidades.

Agentes Comunitários de Saúde capacitados para o monitoramento das cisternas

 Durante os meses de julho e agosto a Cáritas Diocesana de Amargosa em parceria com a ASA – Articulação no Semi-Árido Brasileiro capacitou agentes comunitários de saúde que moram e atuam nos municípios da área de atuação da Cáritas. As capacitações têm como objetivo orientar os agentes no monitoramento e gerenciamento da água de cisterna, convivência com o semiárido.
As atividades foram bem aceitas pelas secretarias municipais de saúde e pelos agentes comunitários, que avaliaram a capacitação um momento o qual permitiram a eles conhecer melhor as necessidades das comunidades e também propôs um acompanhamento sistemático aos usuários nos cuidados com a água. A ação foi realizada com o apoio do Governo do Estado através da SEDES – Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate a pobreza.

As famílias beneficiadas com cisternas de produção foram capacitadas para o plantio agroecológico.


A Cáritas conclui o ciclo de capacitações com as 120 famílias  beneficiarias de cisternas para a produção. Os cursos foram aplicados aos beneficiários para que possam aprimorar os conhecimentos sobre convivência com o semiárido, gerenciamento de recursos hídricos, manejo do solo, cultivo de hortaliças e fruteiras, integração e respeito com a natureza, segurança alimentar e nutricional. Cada família esta recebendo uma cisterna de placas com capacidade para 52 mil litros de água, água esta usada para regar o plantio feito ao redor de casa, possibilitando às famílias melhoria na alimentação, segurança alimentar e geração de renda.
Todas estas capacitações foram acompanhadas por um monitor/a e a técnica em agropecuária Letícia Fausto Bispo, os quais têm orientados no preparo de adubos orgânicos, do solo, uso consciente da água e manejo de culturas, diversificação da produção, segurança alimentar e nutricional, defensivos naturais, etc. As capacitações estão acontecendo em forma de intercâmbio, onde as famílias aprendem com a troca de experiência.

A agroecologia a serviço da harmonia com a natureza

A agroecologia é uma ciência que defende a utilização de técnicas para produzir alimentos mais saldáveis, usando os produtos da natureza e de forma natural. A difusão destas técnicas agroecológicas entre os agricultores tem contribuído para a diversidade de ofertas de alimentos de qualidade no mercado e manejo sustentável dos recursos naturais, favorecendo a adoção de hábitos alimentares mais saudáveis.
A comercialização dos produtos da agricultura familiar é uma importante estratégia para o fortalecimento da agroecologia no Semiárido. A diversidade de alimentos produzidos pelas famílias agricultoras são frutos da capacidade de trabalho, observação e relacionamento harmonioso dos povos com as plantas e o solo. Essa diversidade e o conhecimento acumulado de geração em geração se constituíram em um importante patrimônio a serviço das populações.
O uso de adubos orgânicos contribui para o equilíbrio da vida no solo e alimenta as plantas, controlando naturalmente os insetos. 
Em cada região do semiárido é possível, ainda, perceber as famílias fazendo do seu habitat uma escola de vida, onde cada família aprende a produzir o seu alimento e garantir estratégias de segurança alimentar, com capacidades de estocagem de água e alimentos para si e água e forragem para os animais (Texto Referencial: Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional no Semiárido – S-01/II).
Os quintais produtivos vêm sendo uma referência no nordeste, como forma de convivência com o semiárido e sustentabilidade. O espaço ao redor da casa, onde o solo é mais fértil por ser o local onde são jogados restos de alimentos e estercos de animais, é propicio a produção de hortaliças e plantas medicinais. As famílias experimentadoras a partir dos conhecimentos acumulados de geração em geração e de técnicas de convivência com o semiárido tem transformado a paisagem do sertão.
Geralmente quem fica a frente desta atividade são as mulheres, as quais com muita garra dedicam parte do seu tempo aos cuidados com as hortas. Embora muitos ainda não tenham percebido a potencialidade deste modelo de cultivo, a ASA (Articulação no Semi-Árido Brasileiro) tem difundido essa técnica com a perspectiva de ampliar a produção para o consumo e vender o excedente.
Embora identificassem toda esta riqueza, também se destaca problemas enfrentados pelas famílias experimentadoras: é pouca terra ou quase nenhuma, é a demanda pela água, por conta da irregularidade das chuvas ou falta de reservatórios para armazenar água para a produção, problema este que impede o pequeno agricultor de produzir para o seu próprio consumo.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Ciclo de curso em GRH é encerrado em clima de otimismo!


Chega ao final a série dos cursos de Gerenciamento de Recursos Hídricos (GRH) pelo projeto cisternas executado pela Cáritas Diocesana de Amargosa com o apoio da SEDES – Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate a Pobreza.  
         Foram realizados 36 cursos nos nove (09) municípios de atuação da Cáritas, 1080 famílias capacitadas em gestão da água. As famílias receberam orientações sobre o cuidado com as cisternas e o manejo e tratamento da água, convivência com o semiárido e suas potencialidades, formação das chuvas e causas das suas irregularidades.
         As capacitações possibilitaram às famílias a oportunidade de esclarecer dúvidas sobre a região semiárida, como também aprimorar os conhecimentos que contribuirá para o empoderamento dos mesmos. Gerando assim um clima de otimismo nos participantes e a certeza de que viver no semiárido é está descobrindo suas múltiplas alternativas e estratégias possíveis para garantir principalmente o acesso à água.

Telhados estão sendo reformados para garantir a captação da água de chuva!


No semiárido brasileiro os problemas enfrentados pela população não se restringe apenas ao acesso a água, entre outros, está também a situação das moradias em condições precárias e com tamanhos de telhados inferiores a 40m², tornando assim impossível a captação da água necessária para encher uma cisterna de 16 mil litros. Além de tamanho inferior dos telhados, ainda encontramos uma série de outros problemas como casas de taipa com coberturas de palha ou amianto, entre muitos outros, condições estas que mostra o descaso da sociedade para com os mais pobres. 
    Para garantir que as famílias tenham condições dignas e possam ter telhados em condições favoráveis a captação da água, a Cáritas Diocesana de Amargosa em parceria com a SEDES – Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate a Pobreza tem contribuído com reformas e ampliação de vários telhado de casas das famílias atendidas por este Projeto. Outra ação importante da Cáritas esta sendo a articulação com organizações locais para a melhoria ou reconstrução de algumas casas em condições precária, para que as famílias possam ter um ambiente digno para morar.

Agentes Comunitários de Saúde capacitados para a Convivência com o Semiárido e gerenciamento da água das cisternas.


O envolvimento de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) em projetos de convivência com o semiárido é uma proposta inovadora que tem contribuído para a educação continuada das famílias, nas orientações e no manejo da água de cisternas.
No Brasil, a implantação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e depois com o Programa Saúde da Família se deu com o objetivo de diminuir os números da mortalidade infantil e materna no nordeste. Diante da importância do trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde a ASA (Articulação no Semi-Árido Brasileiro) dialogou com os seus financiadores que era preciso investir nos ACS que atuam na zona rural, para um acompanhamento mais qualificado às famílias do campo, no monitoramento da água das cisternas.
Com esta iniciativa da ASA, o governo do estado da Bahia também compreende que as famílias atendidas pelos programas de construção de cisternas devem ser acompanhadas sistematicamente de um intenso trabalho de monitoramento, pois muitas delas têm dificuldades de seguir as orientações nos cuidados e no tratamento da água, assuntos trabalhados nos cursos de Gerenciamento de Recursos Hídricos (GRH), podendo ocasionar diversas doenças. A partir daí, os projetos conveniados pela SEDES – Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate a Pobreza com as entidades executoras, tem possibilitado a capacitação de centenas de ACS, que acompanha as famílias moradoras da zona rural.
A Cáritas Diocesana de Amargosa tem como meta capacitar 240 ACS que atuam nas comunidades rurais dos municípios atendidos pelo Projeto Cisternas, convênio Cáritas/SEDES. Eles receberão orientações sobre os cuidados necessários para evitar doenças a partir da utilização da água armazenada nas cisternas e o gerenciamento da mesma; Um olhar para a comunidade; Convivência com o Semiárido; Água – Políticas Públicas e Cidadania; Monitoramento pelos ACS; Importância da organização comunitária.

Cisterna ao pé da casa é sinônimo de mais saúde para as famílias no semiárido!


                        O acesso a água é sempre um desafio para a população que vive no semiárido e no que se refere a qualidade da mesma. Em muitos casos as famílias têm que acordar de madrugada e sair em busca de água de beber, cozinhar e para os gastos da casa, caminham vários quilômetros para conseguir a água de barreiros, barragens ou tanques de pedras. Esta água encontrada é disputada por pessoas e animais, sem falar que a mesma vem de correntezas com fezes e urina de animais e até mesmo fezes de humanos, sendo esta um lugar de proliferação de doenças.
Os tanques de pedras, barreiros, pequenas barragens e outros tradicionais reservatórios de água, acumulam uma grande concentração de verminoses. Os quais podem causar diversos problemas de saúde nas pessoas.
A captação e armazenamento de água de chuva em cisternas sendo uma alternativa de melhoria de vida é uma solução para abastecimento de água de qualidade para consumo humano, associado à adoção de medidas mais adequadas para que o nível de contaminação possa ser minimizado.
Para garantir a qualidade desta água, os cuidados começam desde a escolha do local para instalação da obra. A cisterna deve ser construída longe de fossas e currais. O telhado deve está sempre limpo e a primeira água da chuva deve ser desviada. As bicas, os canos e o coador devem ser lavados. A cisterna deve ser lavada pelo menos uma vez por ano, quando a água secar. Para retira a água, utiliza-se a bomba, pois as vasilhas poderão levar contaminação para a cisterna, sem contar que, as famílias precisam manter todos os recipientes utilizados para armazena a água limpos, assim garantirá sua qualidade.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A Cáritas de Amargosa continua suas ações para a execução do Projeto Cisternas

      No período de Dezembro de 2010 a Março de 2011, a equipe da Cáritas Diocesana de Amargosa deu continuidade às atividades do Projeto Cisternas. Foram realizados cursos de GRH, reuniões de mobilização com as famílias e com Comissões Municipais, para definição de novas comunidades a ser beneficiadas. Deu-se inicio as ações de mobilizações em todos os municípios de abrangência da Cáritas, para as reformas e ampliação de telhados, como também as mobilizações para seleçãodas famílias, que receberão as cisternas de produção.
Foram concluída mais de 435 cisternas de consumo. Significa que aproximadamente 2.000 pessoas já são beneficiadas diretamente.       Muitas destas famílias já estão com água de chuva armazenada para o consumo. Já é notável a diferença do antes e depois das ações da Cáritas junto às famílias do semiárido. “A mudança de vida destas famílias e das comunidades já é possível ser percebida, quando ouvimos o depoimento do Sr. Nelson, da comunidade de Caraíbas-Iaçu, ao olhar a sua comunidade e expressar:isso aqui era tudo cinzento, estas cisternas trouxeram luz para este lugar, agora parece que tem vida.” Ou quando ouvimos as pessoas falarem das humilhações que sofriam para conseguir água nas fazendas vizinhas, por isso, afirmamos que as cisternas é uma liberdade para estas famílias.
 “Este projeto tem nos permitido perceber as dificuldades nas diferentes áreas como: habitação, terra, desemprego, alcoolismo, idosos abandonados, desertificação, machismo; situações que nos leva a buscar ações coletivas para a melhoria da qualidade de vida no campo, através da organização das comunidades nos espaços de construção de políticas publica, para a convivência com semiárido. É uma luta que temos abraçado e fortalecido nos espaços em que a entidade tem participado como territórios, conselhos, etc. A questão ambiental é uma temática que estamos refletindo com um olhar especifico para o semiárido em comunhão com a Campanha da Fraternidade deste ano, para que possamos fortalecer as experiências exitosas de convivência no semiárido e expansão destas e construindo uma consciência ambiental de cuidado com a vida e o planeta. Buscando o envolvimento da família, em especial as famílias que receberão as cisternas de produção que objetivam uma produção orgânica”  afirma Ailma Firmino, coordenadora do projeto Cisternas.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

PROGRAMA DE FORMAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL PARA CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO


Famílias estão sendo Capacitadas em Gestão de Recursos Hídricos  
  O Gerenciamento de Recursos Hídricos é a capacitação feita para com as famílias que recebem as cisternas de consumo humano, o objetivo do curso       é informar as famílias sobre os cuidados com as cisternas, com a água, cidadania, políticas publicas, organização comunitária, convivência com o semiárido, higiene. É trabalhado também no curso o envolvimento das famílias para com todo o processo de construção, desde a participação nas reuniões de decisões comunitária a todo o processo de construção das cisternas.
    Durante o mês de outubro, a Cáritas Diocesana de Amargosa deu continuidade a serie de Cursos de Gerenciamento de Recursos Hídricos (GRH), fruto da parceria entre CDA e a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate a Pobreza (SEDES).
 Ao todo foram realizados 13 cursos paralelamente entre os dias 11 a 26, nas diversas comunidades dos municípios de abrangência da Cáritas. Nas comunidades Lagoa Seca e Barra em Castro Alves/BA, Cachoeirinha e Traíras, em Itatim/BA, Paranaguá em Rafael Jambeiro/BA, Barbosa e Capinan em Santa Terezinha/BA, Tabuleiro do Itachama e Serra do Julião em Amargosa/BA, Sapucaia em Elísio Medrado/BA, Mandassaia e Morros em Iaçu/BA, Gameleiras em Milagres/BA. Reuniu um total de 319 pessoas, esse processo antecede as construções das cisternas que teve inicio logo após as capacitações em varias das comunidades citadas.

Oficina para capacitação de bombas manuais realizada pela CDA

Jovens dos municípios atendidos pelo Projeto Cisternas executado pela Cáritas Diocesana de Amargosa participaram da capacitação para confecção de bombas manuais. A capacitação aconteceu nos dias 15, 16 e 17 de outubro no salão paroquial de Iaçu onde funciona o escritório do projeto. Ao todo 34 jovens participaram da oficina na perspectiva de aprenderem a montar as bombas que serão utilizadas pelas famílias que receberam as cisternas.
         A troca de experiências e informações entre os participantes fortaleceu a discursão a respeito das formas de convivência para alem da comunidade, na perspectiva de um novo olhar para o semiárido e a região onde mora.  
         Na avaliação feita por todos, no final da oficina, concluíram que fora valioso o aprendizado adquirido.  Avaliava-se também da importância dos jovens serem das comunidades que receberam cisternas, pois os mesmos poderão orientar as famílias no manuseio das bombas e da importância das mesmas para a boa qualidade da água. Com a iniciativa a Cáritas de Amargosa amplia o numero de pessoas atendidas pelo Projeto.
 
Pedreiros socializam técnicas de construção de cisternas de placas.

Entres os dias 05 a 09 de outubro a Cáritas Diocesana de Amargosa realizou a capacitação com uma equipe de 26 pedreiros para construção de cisternas de placas para 16 mil litros. A oficina aconteceu em Elísio Medrado/BA na comunidade do Serrote e na comunidade Capivara. As três primeiras cisternas foram construídas nas casas das famílias de Daniela Silva, Maria de Lurdes (Serrote) e Mirian Lima (Capivara), os quais estiveram diretamente envolvidos no processo, pois escavaram os buracos para a construção das mesmas e acompanharam passo a passo as construções.
Durante a capacitação os profissionais socializaram as experiências e aperfeiçoaram as técnicas de construção para melhor resultado das cisternas.
Para o Senhor Jurandy, morador de uma comunidade no município de Boa Vista do Tupim /BA, com 56 anos pedreiro experiente, já trabalha a 10 anos na construção de cisternas de placas junto a Cáritas de Ruy Barbosa. Ele afirma que está feliz construindo esta tecnologia, o que tem o ajudado muito. Na casa dele mesmo tendo água encanada, construiu com recursos próprios uma cisterna, para captar água da chuva para beber. Segundo ele, quando não tem cisterna para construir pela Cáritas, trabalha na roça e em outras atividades, mas quando surgem às construções, ele volta para o oficio motivado com a certeza de cisternas prontas e famílias beneficiadas.    
Os pedreiros capacitados irão construir na área de atuação da diocese. Na semana seguinte a partir do dia 18 eles irão começar as construções nas demais casas das comunidades em Elísio Medrado/BA.  
 
Famílias estão sendo Capacitadas em GRH
            No dia 29 de Setembro iniciou a serie de Capacitação em Gerenciamento de Recursos Hídricos para as famílias beneficiadas pelo Projeto Cisternas. As primeiras famílias a ser capacitadas foram das comunidades do Serrote em Elísio Medrado e na comunidade Assupará em Rafael Jambeiro. No curso as famílias receberam orientações sobre os cuidados com as cisternas o gerenciamento da água, cidadania, a importância do fortalecimento e participação das associações comunitárias, convivência com o semiárido, higiene entre outros assuntos abordados. Durante todo o mês de outubro acontece GRH em comunidades dos municípios contemplados pelo projeto.
Capacitação de Facilitadores em GRH!

                       A Cáritas Diocesana de Amargosa capacitou 21 facilitadores de GRH (Gerenciamento de Recursos Hídricos). A capacitação aconteceu em Iaçu no salão paroquial onde está situada a sede do projeto. Os agentes envolvidos são moradores dos municípios contemplados pelo programa de cisternas.
             Durante os dois dias discutiram temas como: terra, aquecimento global, convivência com o semiárido, agroecologia e políticas publicas. Os conteúdos estudados irão aprimorar o conhecimento dos monitores que irão atua junto às famílias beneficiadas, as quais conquistaram uma cisterna de 16 mil litros para armazenar água da chuva para o consumo humano.
Na manhã de sexta feira dia 27, os monitores foram até as comunidades de Caatinga Velha e Lagoa Bonita conhecerem de perto os dois modelos de cisternas já construídas na região, pela Cáritas de Ruy Barbosa. Na visita, acompanhada pelo instrutor Agnaldo Rocha da Cáritas de Ruy Barbosa, foram orientados a respeito dos cuidados com a cisterna e nas possibilidades da produção de hortaliças agroecológico, nos canteiros econômicos.
Durante a visita de campo os educadores populares, conheceram dona Maria Coutinho moradora da comunidade Caatinga Velha, a qual muito feliz testemunhou que desde as primeiras chuvas do ano, que a sua cisterna havia enchido, desde então, não foi mais necessário receber água de carro pipa e a mesma, depois de sete meses de estiagem, ainda esta com aproximadamente a metade da água armazenada, pois ela só usa a água pra beber e cozinhar.